Esse é o primeiro de uma série de artigos sobre inovação no mercado brasileiro e de energia que a Navarra irá escrever em parceria com agentes de inovação. Para iniciar essa série, convidamos a DZ Consult para falar sobre o cenário brasileiro geral, quais frentes se destacam e o papel de Venture Builders na inovação brasileira. O Brasil possui um ecossistema de inovação dinâmico e em expansão, com startups e empresas emergentes ganhando destaque em diversos setores estratégicos. Em 2022, o país atingiu a marca de mais de 14 mil startups registradas, de acordo com dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups). Esse crescimento é impulsionado por programas governamentais e privados de incentivo à inovação, como o Startup Brasil, a FINEP e o InovAtiva Brasil, que oferecem suporte técnico e financeiro a startups em diferentes estágios de desenvolvimento.
Polos tecnológicos consolidados, como São Paulo, Florianópolis e Belo Horizonte, posicionam o Brasil como um dos principais mercados de startups na América Latina, atraindo investidores e talentos do mundo inteiro. O Brasil alcançou a 49ª posição no Global Innovation Index (GII), da WIPO, em 2022, marcando seu retorno ao ranking dos 50 países mais inovadores após 12 anos, reflexo do amadurecimento do ecossistema de inovação.
Os principais destaques que impulsionam essa inovação incluem:
Universidades como hubs de pesquisa;
Marcas registradas e patentes em alta;
Unicórnios brasileiros, como Nubank e Gympass;
Setores emergentes como HealthTech, FinTech e EnergyTech, que lideram em crescimento e captação de investimentos.
Global Innovation Index.
O Global Innovation Index (GII), criado em 2007, avalia o desempenho de ecossistemas de inovação em 132 economias globais, oferecendo um panorama abrangente sobre o estado da inovação em diferentes países.
Objetivos do GII:
Fornecer métricas detalhadas sobre o desempenho em inovação de cada país.
Identificar forças e fraquezas nos ecossistemas de inovação global.
Orientar políticas públicas e decisões estratégicas de líderes empresariais.
Estrutura de Avaliação: O GII é baseado em dois pilares principais:
Insumos (Inputs):
Investimentos em venture capital, essenciais para o crescimento de startups.
Formação de profissionais técnicos, especialmente em áreas como engenharia, matemática e ciências.
Qualidade universitária e financiamento para pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Infraestrutura tecnológica e disponibilidade de capital humano qualificado.
Resultados (Outputs):
Volume de pedidos de patente, um indicador da capacidade de inovação tecnológica.
Criação de novas empresas e aumento no valuation de startups.
Expansão digital, com destaque para o crescimento de setores tecnológicos e a criação de domínios online.
Impactos no Brasil: O retorno do Brasil ao top 50 do ranking em 2022 reflete um avanço significativo em setores estratégicos, como tecnologia, saúde e energia sustentável. Este progresso evidencia o papel crucial de iniciativas governamentais e privadas no fortalecimento do ecossistema de inovação. Programas como Startup Brasil, FINEP e InovAtiva Brasil têm sido fundamentais para impulsionar a competitividade nacional.
Desempenho do Brasil no GII
O Brasil subiu 5 posições no Global Innovation Index nos últimos 5 anos, alcançando a 49ª posição em 2022, marcando seu retorno ao top 50 após mais de uma década fora do ranking. Este progresso demonstra avanços em setores específicos, como tecnologia financeira (FinTech), energia renovável (EnergyTech) e saúde (HealthTech), que se beneficiaram de iniciativas governamentais e investimentos privados.
Apesar dessa melhoria, o Brasil ainda opera abaixo de seu potencial, considerando seu papel como 10ª maior economia mundial e um dos maiores mercados consumidores do planeta. Comparado a países como Coreia do Sul (10ª posição) e China (11ª posição), que também são economias emergentes, o Brasil apresenta desafios em áreas como burocracia regulatória, infraestrutura tecnológica e financiamento de P&D, que limitam sua capacidade de inovação em larga escala.
Em termos de investimento em educação, o Brasil ocupa a posição de 19º maior investidor em relação ao PIB. No entanto, a qualidade desse investimento ainda é desigual: enquanto universidades como a USP e a Unicamp lideram globalmente em pesquisa, muitas outras instituições enfrentam desafios de financiamento e infraestrutura. O volume de investimentos em P&D no Brasil corresponde a cerca de 1,26% do PIB (dados de 2021), inferior à média de 2,63% dos países da OCDE e distante dos líderes como Coreia do Sul (4,53%) e Israel (4,94%). Esse dado reflete a necessidade de maior articulação entre os setores público e privado para fomentar a inovação.
O país destaca-se no volume de startups, com mais de 14 mil empresas registradas em 2022, sendo referência na América Latina. Programas como o Startup Brasil e iniciativas de Corporate Venture Capital (CVC), como as lideradas pela Petrobras e pela CPFL, têm contribuído para a expansão do ecossistema inovador, especialmente em setores estratégicos como energia e sustentabilidade.
Em pedidos de patentes, o Brasil ocupa a 38ª posição mundial, com crescimento modesto, mas consistente, nos últimos anos. Essa métrica é impulsionada principalmente por setores como agronegócio e energia, embora o número ainda seja inferior ao de economias emergentes como Índia e China.
Em educação técnica e capital humano qualificado, o Brasil também enfrenta desafios: apenas 16% dos formandos universitários estão em áreas relacionadas a ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM), abaixo da média global de 25%. A falta de talentos especializados afeta diretamente a competitividade em setores de alta tecnologia.
Destaques e Perspectivas:
Áreas de avanço: Setores emergentes como FinTech e EnergyTech impulsionam a posição do Brasil no GII, com startups inovadoras e acesso crescente ao mercado de capital de risco.
Desafios estruturais: A burocracia, a fragmentação de investimentos em P&D e a desigualdade educacional limitam o crescimento do país no índice.
Oportunidades: A expansão do mercado livre de energia e incentivos governamentais como a Lei do Bem e o P&D ANEEL podem alavancar a posição do Brasil no ranking, especialmente se aliados a um aumento no investimento em educação e infraestrutura tecnológica.
Dados e Fontes Complementares:
Investimento global em P&D (2021): Coreia do Sul (4,53% do PIB), Israel (4,94% do PIB), Brasil (1,26% do PIB).
Posição em pedidos de patentes (WIPO, 2022): Brasil (38ª posição), Índia (10ª posição), China (1ª posição).
Porcentagem de formandos em STEM: Brasil (16%), média global (25%), Índia (32%), Coreia do Sul (36%).
Contribuições Positivas
3.1 Educação e Universidades.
Universidades brasileiras atuam como hubs cruciais de pesquisa e desenvolvimento (P&D), sendo responsáveis por grande parte da produção científica e tecnológica do país.
Destaques:
USP (Universidade de São Paulo): Considerada a melhor universidade da América Latina, ocupa a 85ª posição no ranking mundial QS 2023. É responsável por 22% de toda a produção científica brasileira.
Unicamp, Unesp e UFRJ: Estão entre as 10 melhores universidades da América Latina, com destaque para contribuições em biotecnologia, engenharia e energia renovável.
Impacto em pesquisa: O Brasil é a 23ª nação mais citada no mundo acadêmico, com destaque em áreas como agricultura, saúde pública e energia limpa.
Investimento em P&D Acadêmico: Cerca de 65% do investimento em P&D no Brasil está concentrado em universidades, destacando sua relevância no ecossistema de inovação.
3.2 Startups e Unicórnios
O Brasil conta com 29 unicórnios em 2023, que juntos representam cerca de 1,9% do PIB nacional, impulsionando o ecossistema de inovação e atraindo investidores internacionais.
Destaques:
Startups como Nubank, Wildlife Studios e QuintoAndar lideram em valuation e expansão global.
O Nubank ultrapassou os US$ 50 bilhões de valuation e consolidou sua posição como um dos maiores bancos digitais do mundo.
Impacto econômico: Essas empresas geram mais de 30 mil empregos diretos e fomentam o crescimento em setores como tecnologia financeira (FinTech), logística e saúde.
Fluxo de Investimentos: Em 2022, o Brasil captou mais de US$ 5 bilhões em Venture Capital, liderando a América Latina.
3.4 Participação Digital
O Brasil ocupa uma posição de destaque entre os 15 melhores países em serviços digitais e presença online, segundo o Digital Economy Report da UNCTAD (2022).
Adoção Tecnológica:
Cerca de 85% da população brasileira tem acesso à internet, com mais de 156 milhões de usuários ativos, tornando o país o maior mercado digital da América Latina.
Plataformas como PIX, com mais de 150 milhões de usuários cadastrados, e o avanço em Open Banking, destacam o Brasil como referência global em soluções financeiras digitais.
Potencial de Mercado:
O Brasil lidera o mercado de e-commerce na região, com crescimento de 27% ao ano, impulsionado por plataformas como Mercado Livre e Magalu.
A economia digital já representa cerca de 12% do PIB, com projeções de alcançar 16% até 2030.
Adições Relevantes
Impacto Econômico das Universidades: Considerar o papel da produção acadêmica no desenvolvimento de patentes e sua transferência para o setor privado, especialmente em áreas como energia renovável e biotecnologia.
Comparações Globais: Contrastar os avanços digitais e de unicórnios do Brasil com outros mercados emergentes, como Índia e Indonésia, para contextualizar o desempenho.
Desafios na Educação e Digitalização: Incorporar dados sobre desigualdade digital e disparidade no acesso à educação técnica para destacar áreas de melhoria.
Dados Complementares:
Ranking de Universidades (QS, 2023): USP (85ª), Unicamp (210ª), Unesp (421ª).
Número de Unicórnios: 39 (CB Insights, 2023).
Crescimento do PIB Digital: De 9% (2019) para 12% (2023), com previsão de 16% até 2030 (Digital Economy Report, UNCTAD).
Adoção de PIX: 60% das transações financeiras no Brasil são feitas via PIX (Banco Central, 2023).
4. Frentes de Destaque em Inovação
4.1 HealthTech
O setor HealthTech apresentou um crescimento expressivo de 16,11% entre 2019 e 2022, atingindo 1.158 startups especializadas em tecnologias para a saúde, posicionando o Brasil como líder regional na América Latina.
Tendências e Tecnologias:
Telemedicina: Popularizada durante a pandemia de COVID-19, continua em expansão, com mais de 7 milhões de consultas realizadas online em 2022.
Diagnósticos digitais: Startups estão desenvolvendo plataformas de análise baseada em inteligência artificial (IA) para diagnóstico rápido de doenças como câncer e doenças cardiovasculares.
Wearables e IoT na saúde: Sensores vestíveis para monitoramento contínuo de sinais vitais estão integrando a IoT à prática médica, aumentando a eficiência em tratamentos personalizados.
Casos de Sucesso:
Dr. Consulta: Clínicas acessíveis com integração digital para agendamentos e consultas online.
Conexa Saúde: Plataforma de telemedicina líder na América Latina, com mais de 30 mil profissionais de saúde cadastrados.
Hi Technologies: Desenvolveu o Hilab, um laboratório portátil que realiza exames clínicos em minutos, reduzindo custos e otimizando diagnósticos.
4.2 FinTech
O Brasil lidera o setor de FinTech na América Latina, com mais de 1.200 startups em operação, representando 31% do total regional. O mercado atraiu US$ 2,5 bilhões em investimentos em 2022, sendo o principal destino de capital de risco na região.
Tendências e Tecnologias:
PIX: Ferramenta de pagamento instantâneo desenvolvida pelo Banco Central, já utilizada por mais de 60% da população brasileira.
Blockchain e Criptoativos: Startups utilizam tecnologias descentralizadas para oferecer maior transparência em operações financeiras e reduzir custos transacionais.
Automação com IA: Implementação de inteligência artificial em serviços como análise de crédito e atendimento ao cliente.
Casos de Sucesso:
Nubank: Líder global entre bancos digitais, com 80 milhões de clientes e valuation superior a US$ 50 bilhões.
Creditas: Plataforma de crédito digital que levantou mais de US$ 1 bilhão em rodadas de financiamento.
PicPay: Maior carteira digital do Brasil, com 30 milhões de usuários ativos.
4.3 EnergyTech
O setor EnergyTech tem sido um motor de inovação no Brasil, impulsionado pela transição energética e pela abertura do mercado livre de energia, com foco em fontes renováveis e eficiência energética. O Brasil conta atualmente com mais de 300 startups no setor, promovendo soluções para um futuro sustentável.
Tendências e Tecnologias:
IoT para monitoramento de energia: Sensores conectados permitem monitorar e otimizar o consumo de energia em tempo real, reduzindo custos e aumentando a eficiência.
Comercialização digital de energia: Plataformas online simplificam a compra e venda de energia elétrica entre consumidores e fornecedores.
P&D ANEEL: Programas regulatórios têm financiado inovações em redes inteligentes, armazenamento de energia e hidrogênio verde.
Casos de Sucesso:
Way2 Technology: Líder em soluções para monitoramento e medição de energia elétrica, atendendo consumidores e grandes empresas.
GreenAnt: Especialista em soluções de eficiência energética, utilizando inteligência artificial para reduzir o consumo e otimizar a distribuição.
Dados Adicionais e Fontes
Investimentos em HealthTech (2022): O setor captou mais de US$ 300 milhões, com destaque para IA aplicada à saúde.
Crescimento do PIX (2023): Mais de 12 bilhões de transações mensais, com potencial de substituir métodos de pagamento tradicionais.
EnergyTech e P&D ANEEL: Mais de R$ 1 bilhão investido em projetos de inovação no setor energético entre 2020 e 2023, incluindo tecnologias de armazenamento e redes inteligentes.
5. Venture Builders: Um Modelo Inovador de Empreendedorismo.
As Venture Builders emergem como um modelo inovador para a criação e desenvolvimento de startups no Brasil, atuando como catalisadoras de inovação ao oferecer suporte estratégico, operacional e financeiro desde a ideação até o escalonamento. Diferentemente de aceleradoras ou incubadoras, as Venture Builders assumem um papel ativo na criação de startups, muitas vezes se tornando sócias e participando diretamente da gestão. Entraremos mais a fundo no mundo de venture builders nos próximos artigos.
Características e Benefícios do Modelo
Transformação na criação de startups: Ao combinar expertise em gestão, tecnologia e mercado, as Venture Builders aumentam as chances de sucesso das startups, reduzindo significativamente os riscos associados ao empreendedorismo.
Modelo integrado: Oferecem recursos como desenvolvimento de produto, acesso a mercados, infraestrutura tecnológica e redes de investidores.
Redução de riscos: Por meio de uma abordagem estruturada, as Venture Builders minimizam os desafios enfrentados por startups nas fases iniciais, aumentando suas chances de sobrevivência e escalabilidade.
Aceleração de desenvolvimento: Integram startups em ecossistemas dinâmicos, promovendo a troca de conhecimento e colaboração entre projetos.
Casos de Sucesso no Brasil
Pioneira no modelo de Venture Builder no Brasil, possui mais de 25 startups em seu portfólio e opera em setores como saúde, energia e tecnologia educacional.
Impacto: Contribuiu para o desenvolvimento da startup Aquarela Analytics, que se tornou referência em inteligência artificial aplicada ao setor de energia.
Atua no desenvolvimento de startups voltadas para soluções digitais, com foco em tecnologia financeira e saúde.
Impacto: Participou da criação de startups como Doutor Já, que conecta pacientes a profissionais de saúde de forma acessível e rápida.
Venture Builder voltada para o setor de tecnologia agrícola (AgriTech) e sustentabilidade, promovendo a inovação no agronegócio brasileiro.
Impacto: Desenvolveu startups como Solinftec, líder em automação e inteligência artificial para o campo.
Dados e Impactos no Ecossistema Brasileiro
Crescimento do modelo no Brasil: O número de Venture Builders cresceu 150% nos últimos 5 anos, refletindo a maturidade do ecossistema de inovação no país.
Contribuição ao PIB: Startups criadas por Venture Builders têm um impacto econômico relevante, gerando mais de R$ 5 bilhões em receitas anuais.
Financiamento: Startups desenvolvidas por Venture Builders atraíram mais de US$ 1,2 bilhão em investimentos de Venture Capital entre 2020 e 2023.
Setores de destaque: Saúde, energia, agronegócio e educação são os principais mercados atendidos por Venture Builders no Brasil.
Tendências Futuras e Expansão
Foco em tecnologias emergentes: Venture Builders brasileiras estão cada vez mais direcionadas para áreas como inteligência artificial, blockchain e Internet das Coisas (IoT), com grande potencial de impacto em mercados globais.
Parcerias com corporações: Muitas Venture Builders estão colaborando com grandes empresas por meio de modelos de Corporate Venture Building, ampliando suas capacidades de inovação e desenvolvimento de soluções escaláveis.
Internacionalização: O sucesso de Venture Builders no Brasil está atraindo atenção internacional, com várias empresas buscando replicar o modelo em mercados emergentes como Índia e Indonésia.
6. Outros Indicadores.
Indicadores de Patentes
O Brasil ocupa a 51ª posição mundial em relação ao número de patentes concedidas por unidade do PIB, de acordo com o World Intellectual Property Organization (WIPO).
Cenário atual: Em 2022, foram registradas cerca de 30 mil patentes, um número modesto quando comparado a economias emergentes como Índia (61 mil) e China (1,5 milhão).
Desafios:
A burocracia no processo de registro de patentes, que leva em média 5 anos para aprovação, limita a competitividade do Brasil.
A maior parte das patentes registradas no Brasil está concentrada em áreas como agronegócio, química e energia renovável, refletindo o potencial de inovação desses setores.
Impacto positivo:
Programas como a Lei do Bem e iniciativas de P&D têm estimulado o aumento de pedidos de patentes, especialmente em tecnologias verdes e biotecnologia.
Marcas Registradas
O Brasil é o 13º maior registrador de marcas no mundo, com mais de 220 mil marcas registradas em 2022, um reflexo da digitalização crescente e do fortalecimento de startups e pequenas empresas.
Crescimento impulsionado por:
O aumento no comércio eletrônico, que levou empresas a protegerem suas marcas em ambientes digitais.
O protagonismo de setores como FinTech, HealthTech e EnergyTech, que lideram os registros de marcas no país.
Tendências globais:
O Brasil segue a tendência de países emergentes, onde marcas digitais são cada vez mais importantes para proteger propriedades intelectuais em mercados globais competitivos.
Trademarks e Expansão Empresarial
O aumento de trademarks no Brasil demonstra um apetite crescente das empresas por expansão internacional.
Destaques:
Grandes players brasileiros, como Nubank e Embraer, ampliaram sua presença global nos últimos anos, reforçando o registro de trademarks para consolidar suas marcas no exterior.
Startups em setores como tecnologia e energia têm buscado proteção de marcas para competir em mercados internacionais, como Europa e Estados Unidos.
Outros Dados Relevantes
PIB Digital: O Brasil ocupa a 12ª posição no ranking de economia digital mundial, com o comércio eletrônico representando 10% do PIB em 2023.
Crescimento de pedidos de propriedade intelectual (2022):
Marcas: Aumento de 15%, liderado por empresas digitais.
Patentes: Crescimento de 7%, especialmente em tecnologias limpas e energias renováveis.
Regionalização: Estados como São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina lideram o registro de patentes e marcas, concentrando 50% das solicitações nacionais.
Desafios e Oportunidades
Burocracia e custos: O sistema de registro de propriedade intelectual no Brasil ainda é caro e lento, desestimulando startups e pequenas empresas.
Avanços regulatórios: Reformas recentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) buscam reduzir o backlog de registros e acelerar os processos.
Oportunidades: O Brasil pode capitalizar em setores de alto crescimento como tecnologia verde, IoT e inteligência artificial, que lideram as solicitações globais de patentes e marcas.
O ecossistema de inovação brasileiro apresenta um potencial significativo, impulsionado por startups, iniciativas governamentais e programas privados que fortalecem setores estratégicos como tecnologia, saúde e energia sustentável. Embora desafios estruturais como burocracia e desigualdade educacional ainda limitem o crescimento, avanços recentes no Global Innovation Index e o aumento de investimentos em áreas emergentes mostram um futuro promissor.
Nos próximos artigos, exploraremos em maior profundidade o papel das Venture Builders na criação de startups inovadoras e o cenário de inovação no mercado de energia brasileiro, destacando oportunidades de crescimento e transformação neste setor estratégico.
Daniel Zechinatto é especialista em estratégia, inovação e desenvolvimento de novos negócios no setor de energia. Com ampla experiência em Corporate Ventures e transição energética, já liderou iniciativas de destaque em gestão de inovação aberta, desenvolvimento de startups e projetos estratégicos no mercado brasileiro. Além disso, é mentor de startups e possui formação em Engenharia Civil e Mestrado em Planejamento de Sistemas Energéticos. Atualmente, atua como especialista parceiro da Navarra, colaborando em projetos que impulsionam a sustentabilidade e a competitividade no ecossistema de inovação no Brasil.
Comments